Apresentação

sábado, 30 de abril de 2011

A Camões

Quando n’alma pesar de tua raça
a névoa da apagada e vil tristeza,
busque ela sempre a glória que não passa,
em teu poema de heroísmo e de beleza.
                   
Génio purificado na desgraça,
tu resumiste em ti toda a grandeza:
poeta e soldado... Em ti brilhou sem jaça
o amor da grande pátria portuguesa.
                   
E enquanto o fero canto ecoar na mente
da estirpe que em perigos sublimados
plantou a cruz em cada continente,
                   
não morrerá sem poetas nem soldados
a língua em que cantaste rudemente
as armas e os barões assinalados.

                    Manuel Bandeira

Sem comentários:

Enviar um comentário